Capacitação dos profissionais de CAPs promove assistência mental à população de rua
O Programa Em Nome da Vida (PNV) da PUC Goiás, em parceria com a Prefeitura de Goiânia, iniciou nesta sexta-feira, 18 de outubro, na Escola de Formação de Professores e Humanidades, a capacitação dos profissionais dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) de Goiânia para assistência mental à população em situação de rua.
Vinculado ao projeto Qualifica POP Rua Cidadã: cuidar & aprender, o curso é fruto da Emenda Parlamentar Impositiva Municipal de 2024, n.404, que resultou na elaboração de edital para contratação de consultor técnico e estagiários que irão atuar em todo processo de catalogação e pesquisa acerca dos indicadores das políticas públicas vinculadas à saúde mental da população em situação de rua.
Coordenadora do PNV, a profa. Marina Morabi informa que o trabalho é realizado em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde, que mediou o recebimento da emenda, com a Gerência de Saúde Mental e com a Escola de Saúde Pública, que atuou no processo das inscrições para que o curso se realize.
Aberto a todos os profissionais dos CAPs de Goiânia, o curso será ministrado uma vez por mês, em nove módulos, até junho de 2025, por professores de Goiânia e de outras cidades brasileiras. “A ideia é que a gente possa qualificar, obviamente, pensando os desafios atuais, mas dentro desses desafios, quais são as potências possíveis dentro da realidade que temos e o que a gente pode co-construir pensando rede, fluxos e linha de cuidado”, explica.
Acolhida aos profissionais
Antes da formação propriamente dita, a profa. Marina destacou a relevância do acolhimento aos profissionais dos CAPs para resgatar neles o lugar de protagonismo. O intuito é fazer o processo de qualificação dessa rede e trabalhar a invisibilização das pessoas em situação de rua e sua subjetividade.
“Eu preciso entender de onde eles vêm, quem eles são, qual é a bagagem que eles já têm e como têm percebido esse fazer para que a gente possa juntos pensar estratégias não só dentro do próprio curso, mas que sejam realmente implicadoras da mudança na assistência e na construção de políticas públicas efetivas”, almeja.
Fotos: Weslley Cruz