Política na atenção à saúde da população LGBT é discutida em bate-papo
Um momento para qualificar os futuros profissionais para as necessidades das populações que tem suas demandas invisibilizadas, entre elas o direito de ser mãe.
Com este viés, o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde e Equidade) reuniu professores, estudantes da PUC Goiás e profissionais da rede pública na tarde desta sexta-feira, 30, nas Salas Multiuso, para a realização da palestra intitulada Política na atenção à saúde da população LGBT, que foi conduzida pelo subcoordenador da Política de Atenção à Saúde da População LGBT, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde de Goiás, Flávio Toledo de Almeida.
Ação do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação, a iniciativa tem como pressuposto a educação pelo trabalho e oferece atividades no âmbito do ensino, pesquisa e extensão, envolvendo as instituições de ensino superior públicas e filantrópicas, por meio dos seus cursos de graduação, em parceria com as Secretarias de Saúde.
O evento pauta o calendário de atividades do GT Maternagem, vinculado ao Programa, que no cenário institucional tem como tutora coordenadora a docente do curso de Enfermagem, Sílvia Toledo. Participando pela terceira vez do Programa, a PUC registra atualmente 40 estudantes ativos nos cincos eixos do PET Saúde Equidade.
“É uma iniciativa de incluir o estudante numa visão ativa dentro do serviço de saúde, diante das necessidades que a comunidade apresenta. Levamos nossos acadêmicos para vivenciar as práticas do serviço de saúde desde o início da graduação e isso resulta em uma vivência muito importante para os futuros profissionais da área de saúde e afins”, explicou a professora.
A coordenadora geral do PET Saúde Equidade, Edinamar Aparecida Santos da Silva, da Escola Municipal de Saúde Pública, explicou que o programa de educação tutorial é derivado de edital específico para este fim e, por meio das chamadas públicas, as parcerias são firmadas.
“A terceira edição terá a duração de dois anos, foca nas trabalhadoras e futuras trabalhadoras do SUS, e o objetivo é abordar a política na atenção à saúde da população LGBT e quais especificidades podem ser aproveitadas dentro da equidade”, explicou.
GT envolve todas as pessoas que gestam
Durante o bate-papo, Flávio pontuou que a maternagem, tema caro à população trans e travesti, deve envolver todas as pessoas que gestam. “Temos a Rede Nascer, do Estado de Goiás, que fala um pouquinho sobre a questão de ser mãe e aí nós colocamos algumas pontuações que não são só as mulheres que gestam e amamentam: temos que abranger as outras populações que podem gestar e amamentar também. Este tema tem suma importância no meio acadêmico, porque são pessoas que nós estamos formando agora para que no futuro tenham um olhar diferenciado em relação a essa e outras populações”, pontuou o palestrante.
Os presentes também assistiram a uma apresentação cultural do enfermeiro e multiartista Guto Rocha.
Fotos: Ana Paula Abrão