Docentes divulgam trabalhos na exposição Matrizes: gravuras e aproximações

Terá início nesta terça- feira, 02/08 e vai até 07/10 a exposição Matrizes: gravuras e aproximações ,que será promovida pelo Centro Cultural UFG. A Mostra contará com obras produzidas por 27 artistas pertencentes a quatro gerações de mulheres gravadoras e terá também ações educativas, como rodas de conversa e oficinas com entrada franca para o público.

Utilizando o acervo do CCUFG, um dos objetivos da exposição é promover uma interação com jovens expoentes da gravura atual em um recorte histórico da relevância da mulher na gravura em Goiás. A proposta é da diretora do CCUFG, Maria Tereza Gomes, que, com consultoria e colaboração compartilhada de artistas e professores da Faculdade de Artes Visuais (FAV/UFG), busca trazer reflexões sobre o processo histórico e educativo da gravura como expressão artística.

Dentre as mulheres que exporão seus trabalhos, está a professora Nancy de Melo, que leciona para os cursos de arquitetura e urbanismo e design. Ela conta que o seu trabalho se desenvolveu a partir da graduação em artes visuais na UFG e também de seu mestrado em gravura, concluído em 2006: “O trabalho que eu escolhi para estar na exposição é uma monotipia, que também é uma técnica da gravura. Eu trabalho desde os anos 90 com esse tipo de apresentação (monotipia e de composição abstrata)”, destaca.

A professora afirmou também que uma das maiores relevâncias da exposição ‘Matrizes’ é mostrar a quantidade de mulheres em Goiás que trabalham com a gravura e que obtiveram conhecimento para atuar nessa área a partir dos cursos de artes da UFG: “Trata-se da apresentação de uma produção histórica”, arremata.

Da PUC, foram convidadas outras duas professoras: Edith Lotufo, já aposentada, e Filomena Gouveia, também professora nos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Design. Filomena conta que o convite foi recebido com muita alegria e destaca o acervo da exposição: “A iniciativa de Adriana Mendonça, com curadoria do professor José César e Selma Parreira, é, de fato, de muita importância para Goiás, porque a exposição mostra obras de quatro gerações de gravadoras no Estado. Goiás tem uma produção séria em gravura e a participação feminina é algo de extrema significação. A presença feminina é maciça”, destaca.

Sobre o trabalho que exporá na Mostra, a professora Filomena conta que é decorrente de seu trabalho desenvolvido no doutorado pela FAV/UFG e também de uma pesquisa feita e realizada na Prope da PUC: “Primeiro, eu fiz um estudo do corpo, o corpo entre a ciência e a gravura, ou seja, eu lido com a imagem da ressonância magnética, trazendo para a poética da gravura uma conversa, um diálogo metafórico e poético a respeito do corpo. Neste trabalho, eu desenvolvo uma pesquisa com o crânio e com a coluna cervical. Trata-se de tomos-gravura (parte do corpo em gravura). Esse trabalho tem sido desenvolvido desde 2009. Foi uma excelente pesquisa e dela surgiram novos desdobramentos, os quais eu vou trabalhar em gravura”, explica.