Somos PUC: conheça Henrique, educando da Escola de Circo
Henrique Teles Oliveira é um veterano na PUC Goiás. Você pode achar que ele está na graduação ou na pós-graduação, mas com 12 anos, o menino é educando da Escola de Circo Dom Fernando. São cinco anos de picadeiro, conversas e orientação que fizeram toda a diferença na vida dele.
Além da percussão, pela qual é apaixonado, ele também aprendeu malabares, palhaçada e o seu lugar na tal da cidadania. O lugar onde passa as tardes do contra turno da escola abriu um leque de possibilidades para o garoto, que hoje faz parte das discussões sobre criança e adolescentes como delegado na conferência municipal de Goiânia. “O principal objetivo é mostrar que as crianças e os adolescentes têm voz e podem participar das políticas públicas da cidade”.
E voz é algo que o Henrique tem mesmo. Hoje, como veterano, ajuda a acolher os novatos na Escola de Circo e faz discurso sobre o papel do projeto para a comunidade onde vive com a família. “Na minha opinião, esse projeto tirou crianças e adolescentes de vulnerabilidade social”, explica falando da importância das atividades para crianças que, como ele, estariam sozinhas em casa sem o projeto.
Ele mesmo se diz transformado pela participação, seja porque aprendeu a expressar melhor seus pensamentos ou porque hoje se sente parte da comunidade. “É uma oportunidade única participar”. Por isso, ele não perde uma aula, ensaio ou apresentação. Nos últimos anos, insistiu com o pandeiro e, na pandemia, acabou ganhando o instrumento que é seu companheiro nos momentos de isolamento.
Afastado da lona do circo desde o início da pandemia, em março, Henrique não perde de vista os colegas e os educadores. “Tô sentindo falta bastante por causa das apresentações, mas estamos fazendo novas formas, como aulas on-line”, conta ele.
Quando a PUC Goiás completou 60 anos, no ano passado, nunca imaginou que 2020, o início de um novo ciclo fosse marcado por tantos desafios. Mas se tem algo que ela já imaginava é que gente como o Henrique vale todos os esforços pra sairmos de nossa zona de conforto pra reinventar a universidade todos os dias.
(Fotos: Ana Paula Abrão/ Weslley Cruz/ Entrevista: Carla Oliveira)