PUC integra pesquisa do genoma da Covid-19
A PUC Goiás integrará pesquisa goiana de sequenciamento do genoma do vírus SARS-CoV-2 utilizando metodologia de última geração, o que permitirá conhecer a diversidade genética do patógeno e estabelecer rotas de transmissão. O objeto é contribuir para o desenvolvimento de estratégias de combate ao novo coronavírus e contribuir com bancos de dados mundiais com a inserção de novas sequências dos genomas do vírus.
Coordenada pela professora pesquisadora dra. Mariana Pires de Campos Telles, coordenadora do curso de Biologia da PUC Goiás e professora da Universidade Federal de Goiás (UFG) a equipe de pesquisadores pretende, inicialmente, fazer o sequenciamento de 120 amostras que serão utilizadas para recuperação de 120 genomas. “Vamos comparar a sequência dos genomas do vírus circulante em Goiás com todos os outros genomas do vírus que foram depositados nas bases de dados disponíveis que têm as diferentes origens”, revela a pesquisadora.
Com o início da pesquisa, que está em fase de aprovação pelo comitê de ética, os estudantes de Iniciação Científica e também dos mestrados em Genética e Ciências Ambientais e Saúde da PUC Goiás devem ser envolvidos no trabalhoA partir dos dados obtidos do mapeamento do genoma, novas variantes genéticas também podem ser identificadas e descritas, revela a pesquisadora. O projeto deve ser concluído em dezembro deste ano.
Metodologia
O projeto vai utilizar a metodologia de sequenciamento de nova geração para obter as sequências do genoma do coronavírus. O sequenciamento será feito por uma metodologia que utiliza uma estratégia de sequenciamento massivo paralelo, com base em abordagens de nanotecnologia, o que permite fazer o sequenciamento do DNA de várias moléculas alvo em uma única rodada de sequenciamento, gerando um volume muito maior de amostras, em grande escala, capaz de gerar informações milhares de vezes maiores que o modelo clássico, aumentando a velocidade e reduzindo custos, explica a pesquisadora.
O projeto de pesquisa é um dos selecionados em um chamamento feito pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Desenvolvimento e Inovação (Sedi) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) voltados para a redução dos impactos da pandemia de Covid-19. Esta iniciativa buscou direcionar os esforços e os recursos para a viabilização de ações estratégicas.
O termo de outorga foi assinado pela Fapeg no dia 21 de setembro. Em fase inicial, o projeto agora foi submetido ao comitê de ética e foram iniciadas as compras dos insumos para execução da pesquisa. A partir da aprovação no comitê de ética as amostras serão selecionadas e a previsão, segundo a pesquisadora, é que em novembro seja possível dar início à etapa experimental, que será realizada nos laboratórios de Genética & Biodiversidade (LGBio) e Laboratório de Genética Molecular e Citogenética (LGMC) do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás.